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Dia 18 de Março

2ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

 

1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62


Estou condenada a morrer, quando nada fiz.

Leitura da Profecia de Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62


Naqueles dias:

1 Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim.

2 Estava casado com uma mulher

chamada Susana, filha de Helcias,

que era muito bonita e temente a Deus.

3 Também os pais dela eram pessoas justas

e tinham educado a filha

de acordo com a lei de Moisés.

4 Joaquim era muito rico

e possuía um pomar junto à sua casa.

Muitos judeus costumavam visitá-lo,

pois era o mais respeitado de todos.

5 Ora, naquele ano,

tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo,

a respeito dos quais o Senhor havia dito:

'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes,

que passavam por condutores do povo.'

6 Eles frequentavam a casa de Joaquim,

e todos os que tinham alguma questão

se dirigiam a eles.

7 Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava,

Susana costumava entrar

e passear no pomar de seu marido.

8 Os dois anciãos viam-na todos os dias

entrar e passear,

e acabaram por se apaixonar por ela.

9 Ficaram desnorteados,

a ponto de desviarem os olhos

para não olharem para o céu,

e se esqueceram dos seus justos julgamentos.

15 Assim, enquanto os dois

estavam à espera de uma ocasião favorável,

certo dia, Susana entrou no pomar como de costume,

acompanhada apenas por duas empregadas.

E sentiu vontade de tomar banho,

por causa do calor.

16 Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos

que estavam escondidos,

e a espreitavam.

17 Então ela disse às empregadas:

'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes

e trancai as portas do pomar,

para que eu possa tomar banho'.

19 Apenas as empregadas tinham saído,

os dois velhos levantaram-se

e correram para Susana, dizendo:

20 'Olha, as portas do pomar estão trancadas

e ninguém nos está vendo.

Estamos apaixonados por ti:

concorda conosco e entrega-te a nós!

21 Caso contrário, deporemos contra ti,

que um moço esteve aqui,

e que foi por isso

que mandaste embora as empregadas'.

22 Gemeu Susana, dizendo:

'Estou cercada de todos os lados!

Se eu fizer isto, espera-me a morte;

e, se não o fizer,

também não escaparei das vossas mãos;

23 mas é melhor para mim, não o fazendo,

cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!'

24 Então ela pôs-se a gritar em alta voz,

mas também os dois velhos gritaram contra ela.

25 Um deles correu para as portas do pomar e as abriu.

26 As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar

e precipitaram-se pela porta do fundo,

para ver o que estava acontecendo,

27 Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos,

os empregados ficaram muito constrangidos,

porque jamais se dissera coisa semelhante

a respeito de Susana.

28 No dia seguinte,

o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido.

Os dois anciãos vieram também,

com a intenção criminosa

de conseguir sua condenação à morte.

Por isso, assim falaram ao povo reunido:

29 'Mandai chamar Susana,

filha de Helcias, mulher de Joaquim'!

E foram chamá-la.

30 Ela compareceu em companhia dos pais,

dos filhos e de todos os seus parentes.

33 Os que estavam com ela

e todos os que a viam, choravam.

34 Os dois velhos levantaram-se no meio do povo

e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana.

35 Ela, entre lágrimas, olhou para o céu,

pois seu coração tinha confiança no Senhor.

36 Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento:

'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar,

esta mulher entrou com duas empregadas.

Depois, fechou as portas do pomar

e mandou as servas embora.

37 Então, veio ter com ela um moço

que estava escondido,

e com ela se deitou.

38 Nós, que estávamos num canto do pomar,

vimos esta infâmia.

Corremos para eles e os surpreendemos juntos.

39 Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo,

porque era mais forte do que nós

e, abrindo as portas, fugiu.

40 A ela, porém, agarramos,

e perguntamos quem era aquele moço.

Ela, porém, não quis dizer.

Disto nós somos testemunhas'.

41 A assembléia acreditou neles,

pois eram anciãos do povo e juízes.

E condenaram Susana à morte.

42 Susana, porém, chorando, disse em voz alta:

'Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas

e sabes tudo de antemão,

antes que aconteça!

43 Tu sabes que é falso o testemunho

que levantaram contra mim!

Estou condenada a morrer,

quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram

a meu respeito!'

44 O Senhor escutou sua voz.

45 Enquanto a levavam para a execução,

Deus excitou o santo espírito de um adolescente,

de nome Daniel.

46 E ele clamou em alta voz:

'Sou inocente do sangue desta mulher!'

47 Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou:

'Que palavra é esta, que acabas de dizer?'

48 De pé, no meio deles, Daniel respondeu:

'Sois tão insensatos, filhos de Israel?

Sem julgamento

e sem conhecimento da causa verdadeira,

vós condenais uma filha de Israel?

49 Voltai a repetir o julgamento,

pois é falso o testemunho

que levantaram contra ela!'

50 Todo o povo voltou apressadamente,

e outros anciãos disseram ao jovem:

'Senta-te no meio de nós

e dá-nos o teu parecer,

pois Deus te deu a honra da velhice.'

51 Falou então Daniel:

'Mantende os dois separados,

longe um do outro,

e eu os julgarei.'

52 Tendo sido separados,

Daniel chamou um deles e lhe disse:

'Velho encarquilhado no mal!

Agora aparecem os pecados

que estavas habituado a praticar.

53 Fazias julgamentos injustos,

condenando inocentes e absolvendo culpados,

quando o Senhor ordena:

'Tu não farás morrer o inocente e o justo!'

54 Pois bem,

se é que viste, dize-me

à sombra de que árvore os viste abraçados?'

Ele respondeu:

'É sombra de uma aroeira.'

55 Daniel replicou

'Mentiste com perfeição,

contra a tua própria cabeça.

Por isso o anjo de Deus,

tendo recebido já a sentença divina,

vai rachar-te pelo meio!'

56 Mandando sair este,

ordenou que trouxessem o outro:

'Raça de Canaã, e não de Judá,

a beleza fascinou-te

e a paixão perverteu o teu coração.

57 Era assim que procedíeis com as filhas de Israel,

e elas por medo sujeitavam-se a vós.

Mas uma filha de Judá

não se submeteu a essa iniqüidade.

58Agora, pois, dize-me

debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?'

Ele respondeu:

'Debaixo de uma azinheira.'

59 Daniel retrucou:

'Também tu mentiste com perfeição,

contra a tua própria cabeça.

Por isso o anjo de Deus já está à espera,

com a espada na mão, para cortar-te ao meio

e para te exterminar!'

60 Toda a assistência pôs-se a gritar com força,

bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam.

61 E voltaram-se contra os dois velhos,

pois Daniel os tinha convencido,

por suas próprias palavras,

de que eram falsas testemunhas.

E, agindo segundo a lei de Moisés,

fizeram com eles

aquilo que haviam tramado perversamente

contra o próximo.

62 E assim os mataram,

enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.


Palavra do Senhor.

 

Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 4a)


R. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo. 1 O Senhor é o pastor que me conduz;* não me falta coisa alguma. 2 Pelos prados e campinas verdejantes* ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha,* 3a e restaura as minhas forças. R. 3b Ele me guia no caminho mais seguro,* pela honra do seu nome. 4 Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,* nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado,* eles me dão a segurança! R. 5 Preparais à minha frente uma mesa,* bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça,* e o meu cálice transborda. R. 6 Felicidade e todo bem hão de seguir-me,* por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei* pelos tempos infinitos. R.


 

Aclamação ao Evangelho - Ez 33,11


R. Glória a vós, Senhor Jesus, 

    Primogênito dentre os mortos!


V. Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, 

    mas que ele volte, se converta e tenha vida.

 

Evangelho - Jo 8,1-11


'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11 Naquele tempo: 1 Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3 Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4 disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5 Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' 6 Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7 Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8 E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9 E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10 Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?' 11 Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Palavra da Salvação.

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